O que seria de mim sem ela?
Nada, pois sem seu amor e sua capacidade de doação não haveria chances de estar aqui. Chamada de anjo, de amor, de alegria, de proteção, só que para mim, seu nome é Maria.
Um dia, quando estava no canto mais quentinho e protegido do seu corpo devo ter me perguntado se haveria vida após o parto. Devo ter temido sair daquele lugar tão aconchegante.
Mas, quando a vida me chamou para fora, não tive dúvidas que tive medo, tudo era estranho, o aconchego se tornou contração.
Todavia, mesmo sentindo medo do desconhecido, fui por ela recebida e naquele instante em que meus olhos cruzaram o seu, soube que não estava sozinha.
Foi possível sentir ali todo o esplendor do seu amor e da sua dedicação incondicional.
Ah! O que seria de mim sem ela...
Não haveria base, chão, sustentação, força, exemplo e amor. Não haveria colo, puxão de orelha e cara feia, não haveria correção.
Não haveria a melhor amiga, melhor confidente, melhor regente para organizar meu compasso.
Não haveria alegria, melodia, tempero gostoso, cafuné, remédio para qualquer dor, voz de consolo e de incentivo, não haveria família.
Se hoje é um dia chamado de Mães sou infinitamente grata à minha, mas também à avó e à madrinha, à bisavó e à tia, tataravó e à Vida.
Sou infinitamente grata a todas as mulheres que construíram a linha dessa estrada da vida, que me permitiram estar aqui e que por mim virão outras, dando continuidade ao caminho e seguindo adiante pelos elos do amor.
Sou grata à Mãe Terra, que acolheu todas nós, que permitiu que em seu chão déssemos os passos e seguíssemos o caminho.
Feliz Dia das Mães e que essas felicitações ecoem por todos os cantos fazendo vibrar o mais sublime do amor.